Nesta semana, o principal destaque das expectativas de mercado do Boletim Focus, do Banco Central, foi em relação ao PIB brasileiro de 2024, que pela primeira vez no ano passou a ter valor acima de 2,2%, agora com 2,23%. Isso representa um aumento nas expectativas do PIB de 0,7 p.p. em relação ao início do ano, quando as principais instituições brasileiras estavam esperando um PIB de 1,55%.
Conforme o Centro de Inteligência e Estratégia da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (CIE/Facisc), esse movimento foi incentivado pela divulgação do resultado da prévia do PIB, calculado pelo Banco Central, que mostrou que a economia brasileira cresceu 1,4% em junho, muito acima do 0,5% esperado pelo mercado (Reuters).
Por outro lado, as expectativas sobre a inflação também foram revisadas para cima: passaram de 4,12% para 4,2% em relação à última semana. O resultado foi influenciado pelo aumento nos preços de transporte, principalmente em relação à gasolina e às passagens aéreas. Com isso, a inflação no acumulado em 12 meses ficou com o limite do valor do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), 4,5%.
A aceleração dos indicadores de inflação, mais recentemente, está fazendo o Banco Central adotar uma postura mais dura em relação à taxa Selic, ou seja, a autoridade monetária está sinalizando novos aumentos na taxa de juros, se necessário. Isso fez as expectativas sobre a Selic de 2025 aumentarem de 9,75% para 10% ao ano.
Sobre o Boletim Focus – Divulgado toda segunda-feira, o Boletim Focus resume as expectativas das principais instituições financeiras do país, coletadas na semana anterior à sua divulgação. O relatório traz o comportamento semanal do mercado brasileiro para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.
Destaques do Boletim Focus desta semana, com expectativas para a economia em 2024
📈 Inflação – Expectativas aumentaram para 4,22%
📊 PIB – Projeções aumentaram para 2,23%
💵 Câmbio – Expectativas aumentaram para 5,31%
🔣 Selic – Expectativas inalteradas para 2024 e aumentaram para 10% a.a. em 2025