A proposta de redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais (com quatro dias úteis, em vez de cinco), sem redução salarial, tem gerado preocupações à Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina. Por isso, a entidade faz um apelo ao Congresso Nacional, para que a questão seja discutida com cautela.
A FACISC destaca que as empresas podem enfrentar aumento nos custos operacionais e dificuldades para adaptar suas rotinas, o que poderia gerar impacto especialmente nos pequenos e médios empreendedores.
“O momento é especialmente desfavorável para uma mudança compulsória na jornada de trabalho. Com o mercado já enfrentando escassez de mão de obra, a redução obrigatória das horas semanais poderia comprometer a competitividade das empresas catarinenses frente ao mercado mundial”, explica o presidente da FACISC, Elson Otto.
Além disso, a FACISC alerta que a sustentabilidade das empresas deve ser considerada, especialmente em um contexto de reformulação da estrutura econômica brasileira, e que o foco atual deve estar na Reforma Administrativa e na Reforma Tributária.
Para a FACISC, que representa 149 associações empresariais catarinenses e mais de 44 mil empresas, a proposta segue na contramão do crescimento econômico, essencial para reduzir desigualdades sociais no país. A Federação argumenta que uma mudança desse porte traria uma pressão adicional ao setor produtivo, já sobrecarregado por reformas em andamento.
A FACISC segue acompanhando as discussões sobre o assunto e se posicionando junto à bancada catarinense no Congresso Nacional.