Anunciada pelo Governo Federal nesta segunda-feira, 22/01, a nova política que pretende estimular o desenvolvimento do setor industrial brasileiro, a Nova Indústria Brasil (NIB), tem como centro metas e ações que, até 2033, pretendem dar um gás ao desenvolvimento do país por meio de estímulos à inovação e à sustentabilidade em áreas estratégicas para investimento.
O presidente da Facisc, Elson Otto, explica que o plano de ações tende a ser um conjunto de políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável. “Santa Catarina é um estado que será muito beneficiado com a implementação por conta da sua vocação industrial. Isso alavancará ainda mais a economia catarinense. Nosso objetivo é apoiar e dar todo o suporte para que seja executado na sua totalidade e realmente saia do papel”.
Tudo a partir, segundo o Planalto, de um “amplo diálogo entre o governo e o setor produtivo”, em direção à chamada neoindustrialização (modernização e evolução da indústria). O texto da NIB foi oficialmente apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (22) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
A nova política prevê o uso de recursos públicos para atrair investimentos privados. Entre as medidas, a criação de linhas de crédito especiais; subvenções; ações regulatórias e de propriedade intelectual, bem como uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local, para estimular o setor produtivo em favor do desenvolvimento do país.
A liberação dos recursos ficará a cargo de três instituições: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O presidente da Facisc disse que a entidade vai acompanhar junto ao Ministério a origem e a destinação dos recursos.
“A política também lança mão de novos instrumentos de captação, como a linha de crédito de desenvolvimento (LCD), e um arcabouço de novas políticas – como o mercado regulado de carbono e a taxonomia verde – para responder ao novo cenário mundial em que a corrida pela transformação ecológica e o domínio tecnológico se impõem”, detalhou, em nota, o Planalto.
As seis missões da nova política industrial:
Missão 1 – Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética;
Missão 2 – Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde;
Missão 3 – Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades;
Missão 4 – Transformação Digital da indústria para ampliar a produtividade;
Missão 5 – Bioeconomia, descarbonização, transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras;
Missão 6 – Tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais.
Fonte: Facisc / Agência Brasil, Diário do Comércio e NSC Total/Estela Benetti